"Nos últimos anos, viveu-se um contexto de assinalável redução do número de trabalhadores. Ainda assim, o sector carateriza-se pela predominância de colaboradores com muitos anos de experiência e de idade", de acordo com o banco liderado por Carlos Costa.
O relatório do BdP mostra que, se em 2008 havia 78.963 colaboradores nos bancos nacionais, em 2018 eram 62.895 trabalhadores. Ou seja, isto traduz-se numa redução de perto de 16 mil pessoas entre 2008 e 2018. Já desde 1992, primeiro ano em que há dados disponíveis para este indicador, registou-se um aumento de 853 funcionários no setor financeiro.
Segundo o BdP, a evolução dos recursos humanos na banca foi marcada por duas características. "Por um lado, verificou-se uma reduzida renovação dos trabalhadores. Dentro do universo das instituições pertencentes à APB, o número de colaboradores há mais de 15 anos em cada instituição quase que duplicou entre 1990 e 2018, representando no ano mais recente 57% do total de empregados afetos à atividade interna. No mesmo sentido, em 2018, os empregados com mais de 44 anos de idade representam quase 50% do total, enquanto, por contraste, os que tinham menos de 30 anos correspondiam apenas a 7%".
Por outro lado, "verificou-se um expressivo aumento da escolaridade média. Em 2018, mais de 60% dos colaboradores apresentavam formação académica superior, contra menos de 20% em 1990. Evolução contrária tiveram os empregados com o nível de ensino básico (de 40% do total em 1990 para apenas 4% em 2018)".
Bancos fecham mais de 2.000 agências
Também o número de agências caiu desde a crise financeira. "Em território nacional, a criação de novas agências, incluindo em concelhos mais pequenos, foi um fenómeno generalizado aos vários grupos bancários até 2010. Desde então, verificou-se um movimento de redução do número de agências", refere o BdP.
De acordo com o relatório, havia 7.860 agências em 2008. Um valor que caiu para 5.204 em 2018. Houve, portanto, uma queda de 2.656 balcões.
"A tendência de diminuição do número de balcões ocorreu também na área do euro, tendo-se, no entanto, iniciado mais cedo do que em Portugal", refere o BdP no relatório.
(Notícia em atualização)
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